Mas eis que se descobriu.Na verdade eu.Eu descobri.Eis que eu descobri o meu real problema, ou será que estou apenas querendo justificar tanta angústia que nomearam ‘bobagem’?Não…Não acredito que esse seja o significado de amor.Amor não é bobagem mas talvez seja o meu problema.Porque olha: eu tento, insisto, me reviro, afasto, corro, fujo, e acabo voltando.Eu fugia das coisas que me prendiam a você e que me levavam até você mas já não tenho para onde correr agora que todas as coisas me levam até.Eu juro que tento, mas eu sou burra o suficiente para voltar e alimentar o que já está cheio até a tampa.Você já está cheio de mim, cheio de vazio de mim.Não me aguentas mais e chegamos a conclusão de que o problema sou eu mas o problema que estávamos procurando no início não era eu e sim meu.Mas me perdi falando de mim e me voltei a você.
Enfim, o problema é que eu não consigo transbordar você de mim e te jogar fora, acho maldade, apesar de teres feito o mesmo comigo.Acho maldade esquecer tudo aquilo que era ‘nós’ para seguir em frente, acho pecado acabar o amor.A verdade é que eu não sei mais o que fazer para conseguir seguir em frente sem fazer maldade, não tem como.Aliás, como conseguiste? O meu eu-problema era assim tão ruim?Tão chato?Tão pouco ou muito? Tão…inamável?
Coloquemos o tempo nessa história, ele vai me cuidar, vai te transbordar de mim você vai ver.E eu vou amar de novo um dia.Ah se vou.
Mas eu estou tão cansada, ‘stou tão doída por dentro—Uma dúvida: vocês estendem “doída por dentro” como literatura só?Meus queridos(as), sinto lhes informar mas a dor é física.Já sentiram?Espero que não, é tão ruim— que me parece dormir para sempre o meu único remédio.Mas dormir sem sonho para não correr o risco de encontrar você por lá para me doer de novo.
Veja onde chegamos: como pode eu não conseguir jogar fora algo que me machuca tanto?Meu caro, isso eu não sei lhe responder.Aliás eu sei de quê?

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