sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pensava demais, duvidava demais, era confuso demais, entretanto, eu tentava entendê-lo, queria poder ajudá-lo.O tempo e a ocasião não me permitiam levá-lo para longe, distante de tanta futilidade, de tanta ganância e de tantos rótulos mas eu sentia que havia chegado um pouco mais longe que qualquer outra pessoa já tivera chegado em sua mente, eu estava vendo,ouvindo e sentindo seu coração e sua mente, eu repugnava a idéia de não conseguir ajudá-lo.Por um momento pensei em calá-lo com um singelo abraço, colocá-lo em meus braços e dizer que tudo um dia ficaria bem mas me contive em apenas dizer que é sempre, infelizmente, uma questão de tempo, que são fases e que querendo ou não essa confusão toda foi por alguém nomeada de “adolescência”! Deu-se de ombros e contou-me um pouco mais de si mesmo mas apenas dizia sobre o que considerava defeitos,só enxergava em si defeitos e quando eu disse que não me surpreendeu perguntando quais eram então suas qualidades e acabou se surpreendendo mais que a mim quando respondi que tinha a habilidade de me fazer sentir bem em sua presença então deixei a serenidade tomar conta de mim e finalmente o abracei, um abraço longo e retribuído. Descobri que assim como eu ele sentia um prazer imenso em ficar sozinho, onde não houvesse questionamentos, e interrogações, apenas a sua mente flutuando.Afirmei que talvez só precise mesmo de ficar sozinho, mas sozinho com alguém que fique em silêncio, que o ouça e não o faça cobranças.E assim como quando me convidou para conversar disse que me procuraria para que sozinhos pudéssemos conversar novamente.

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