quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

É sempre uma questão de Tempo, a culpa é sempre do Tempo.
Acreditam que o Tempo deva resolver tudo, é encarregado de todas as funções,explorado de todas as maneiras possíveis e inexplicáveis: curar, apagar, apegar, mudar, cicatrizar. E no final nosso maior desejo é simples e puramente esquecer,esquecer do Tempo e que Ele já passou.
Covardemente queremos esquecer daquele que mais nos deu chances, oportunidades, nos curou, nos cicatrizou, nos amou.
Covardemente Ele nos visita – sabe bem a hora certa – espera estarmos vulneráveis,enfraquecidos por Ele mesmo, e Ele chega.Chega como quem não quer absolutamente nada,como uma visita de inverno para tomar um chá.
Maliciosamente lhe pergunta se não se lembras do último amor – Calado,pensando já ter superado,você consente e o Tempo decide ficar mais alguns dias,perturbando a sua memória,bagunçando tudo aquilo que você imaginava ter organizado.
E você questiona, reclama que a hora nunca chega e pergunta ao Tempo se já não é a hora.Calmamente ele te responde quem o Tempo é você quem faz, você quem traz e quem leva.
Você escolhe,indiretamente,a hora em que sua cabeça vai dar voltas, que vai ficar confusa e vai querer o passado de volta.Você decide quando crescer e amadurecer, você decide quando amar ou esquecer.
O Tempo não vai embora se você não quiser, melhor dizendo,o Tempo não vai passar se você se estagnar.
E no final das contas você não vai ter do que relembrar!

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