quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

crianças, sorrisos e esperanças

Creio que não há sentimento pior que o da impunidade.
Quem sou eu para lhe julgar? Quem mero mortal eu sou para ansiar te alertar? Que mãos atadas são as minhas para cogitar a possibilidade de te erguer?
Me nego todos os dias a acreditar que não há nada a ser feito.Essas crianças querem mais que os games exibidos pela tevelisão, mais que bonecas a lhes ensinar a cuidar do futuro filho.Essas crianças querem algo que vai além do que a sua tecnologia "barata" pode lhes oferecer,elas querem atenção!
Mais do que uma TV de plasma na sala elas anseiam pelo emprego dos pais, talvez até para elas mesmas.Elas querem e precisam de atenção,um amor que as pessoas ao seu redor não lhes proporcionam.
Eu sinceramente não acredito que esse destino não possa ser alterado.
De quatro em quatro anos o circo ergue sua lona e os palhaços enumerados prometem o que não vão cumprir,contudo,nada mais resta a essas famílias alimentadas única e exclusivamente pela esperança de um mundo melhor –porque ao contrário de muitos elas não enxergam só o próprio umbigo–sem informação o suficiente elas confiam cegamente nos caras pintadas e os elegem,não há como fugir.
Aquelas crianças definitivamente querem aprender a pescar e encontram o caminho mais "fácil" que me constrange ao falar.
Essas crianças sorridentes, cheias de esperança, aquelas que te arrepiam de alegria com um simples gesto, um único abraço... é impossível não haver outra forma de ajudar (na minha idade e condição financeira) que não seja com "pequenos" presentes natalinos.
Se você encontrar a fórmula mágica por favor me avise!

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