segunda-feira, 13 de setembro de 2010

não viver só de palavras

 Desde criança fui ensinada a não ver diferenças e a não ser preconceituosa, sempre disposta a ajudar ao meus 10 anos, após já ter aprendido a ler e escrever, comecei a reunir vizinhos, mais novos que eu e que dispunham menos oportunidade que eu, para ensiná-los o que eu havia aprendido.Por meio de brincadeiras, livros coloridos, tinta, e fantoches eu fazia com que se interessassem e aprendendo nos divertíamos.
Eu morava em uma cidade pequena com pouca chance de crescimento e meu pai não queria que eu tivesse horas vagas e trouxe para cidade uma professora de ballet, nossa prima Evelyne, a dificuldade para manter o ballet era enorme mas prevaleceram-se quatro anos até que a Evelyne entrou para UFV( Universidade Federal de Viçosa) para cursar Dança.
Com as poucas oportunidades que eu e minha irmã teríamos naquela cidade meus pais resolveram mudar para a cidade vizinha, completamente diferente e com exageradas oportunidades.
Aos meus 15 anos voltei à tal cidade e nada tinha mudado o que me deixou um tanto quanto triste. As crianças continuavam a perder seu precioso tempo brincando nas ruas, os adolescentes somente se divertiam aos namoricos, e eu queria tentar ajudar até que com ajuda de um membro de uma igreja comecei a dar aulas do que eu sei fazer melhor: ballet.Aulas que envolviam teoria e prática, para os mais novos ilustrações e pouca escrita, para os mais velhos a história da origem do ballet.Diferente de mim e do membro que havia me ajudado, creio que o poder supremo não queria tanto a evolução de suas crianças e então perdemos nosso espaço de ensaio e como resultado cessaram-se as aulas em pouco mais de meio ano.
Tenho a certeza de que ainda ajudarei significativamente !

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